Embora não tenhamos aprendido, o capacitismo é uma discriminação que assombra a vida de muitas pessoas.
O capacitismo é o preconceito contra pessoas com qualquer tipo de deficiência, fazendo preconcepção sobre as capacidades que aquela pessoa tem ou não, infantilizar, diminuir, etc.
Podemos dizer que em torno de 99% das pessoas com deficiência já passaram por essas situações, ou já ouviram alguma frase que as ofenderam, seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal, com intenção de ofender ou sem intenção.
Dizemos que é “sem intenção”, pois, algumas frases capacitistas são tão comuns que parecem até ditados populares, com certeza você já ouviu alguém falar que:
- “fulano está dando uma de João sem braço”;
- “sicrano deu uma mancada”;
- “você está cego/surdo?”;
- “só pode estar fingindo demência!”.
Esses são alguns dos vários exemplos que poderíamos citar, claro que não só essas frases, perguntas como:
- “Você nasceu assim? Foi acidente ou foi doença?”
- “Mas como você faz as coisas?”
- “Seus filhos nasceram normais?”
E claro, o capacitismo disfarçado de “elogios”, como:
- Você consegue fazer tudo, nem parece deficiente!
- Você é tão forte, a gente só recebe o fardo que aguenta carregar!
- Você faz muito mais com deficiência do que algumas pessoas sem!
Além disso, algumas atitudes nada legais são:
- Perguntar o nome da PcD para seu acompanhante, seja amigo, cônjuge, familiares, etc, e não diretamente para ela;
- Lidar ou se referir às pessoas como coitadas, inocentes, anjos, heróis, etc;
- Falar como estivesse se referindo à uma criança;
- Se oferece para ajudar quando ninguém lhe pediu ajuda;
- Parabenizar alguém por ser amigos, pais, namorados, de uma pessoa com deficiência, ou de levá-la para um show, um restaurante, um jogo de futebol.
Mas, como não ser capacitista?
É muito simples, basta não duvidar que aquela pessoa é incapaz de nada. Com certeza ela é capaz de fazer a mesma coisa que você faz, só que de forma diferente, com ou sem adaptações.
Não rotular as pessoas, não associar a algo inocente ou angelical. Elogiando por quem a pessoa é, pelas características da sua personalidade, e não pela sua aparência.
Talvez se colocar no lugar da pessoa e se perguntar se você gostaria de responder certas perguntas e receber certos “elogios”, caso a resposta seja não, o melhor é não falar nada!