O lúdico nos acompanha desde a infância, e se torna essencial para o desenvolvimento infantil. Durante o processo, há uma busca e descoberta que constrói, por meio dos jogos e brincadeiras, diversos tipos de significados que irão segui-la durante sua vida.
Quando se trata de crianças com necessidades especiais visuais, visar tudo isso, é preciso para querer descobrir através de outros métodos e recursos, como a audiodescrição, para que que se inclua, fazendo assim, com que não se sinta diferente ou insegura.
A audiodescrição consiste em uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, em que o visual é traduzido para o verbal. Configura-se em um recurso de acessibilidade, que favorece positivamente o entendimento de pessoas com necessidades especiais visuais, idosos, disléxicos e também, deficientes intelectuais. A técnica se configura em narrar, de maneira descritiva, sem traduzir opiniões pessoais, os elementos significativos e importantes para compreensão de cenas, imagens, efeitos visuais e espaços.
As crianças na faixa de 2 à 5 anos tendem a acompanhar vídeos repetidamente; o interesse ocorre por causas das músicas e efeitos sonoros mas não no enredo que é passado. Nesse momento, a audiodescrição traz eventos, objetos e personagens. Quando elas crescem, começam a acompanhar histórias, enredo, onde se começa a trazer a descrição e a informação.
A descrição não deve ser muito fatigante, mas sim, objetiva e de fácil entendimento, o principal é transmitir a história, ao invés de tentar trazer às crianças a descrição de toda a informação visual que existe no quadro. O uso da linguagem simples, acaba facilitando a compreensão e mantendo o interesse.
A audiodescrição deve acrescentar prazer, ter palavras com sonorização e ritmo, para contribuir com a manutenção da atenção da criança, encorajando aqueles que ainda não estejam aptos a entender o enredo.
Os desenhos animados tem magnetismo, que aliado ao lúdico contribuem no desenvolvimento das crianças, já que elas gostam de ouvir e imitar sons e isso pode ser trabalhado em conjunto com a descrição, acrescentando conceitos a objetos concretos. O indicado é inserir a descrição antes ou depois dos efeitos sonoros, do que descrever em cima deles, quando a criança o repetir, ela consegue ter o entendimento do que foi reproduzido.
Portanto a audiodescrição propicia o acesso ao lazer, cultura e o próprio lúdico. Desse modo, a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência visual, não deve ser considerada apenas importante, mas sim digna de visibilidade.
Por: Juliana Rocha
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