O Brasil é um país grande e com muita diversidade, segundo pesquisas do IBGE, se o Brasil tivesse 100 pessoas, 5 teriam deficiência auditiva e 19 teriam deficiência visual, ou seja, 24% das pessoas!
Durante muitos anos, as pessoas com deficiências visuais e auditivas foram privadas de ter acesso ao conteúdo televisivo e aos cinemas. Pensando nisto, alguns recursos se tornaram obrigatórios e vem se tornando cada vez mais frequentes.
Em 2006, o governo, por meio do Ministério das Comunicações, criou uma norma que obriga emissoras abertas a oferecerem recursos de acessibilidade nas programações (a norma nº 01/2006).
Os recursos obrigatórios em televisão aberta incluem:
- Legenda oculta (ou closed caption, legenda que os telespectadores podem ativar e desativar quando quiser), deve transmitir durante 24h.
- Dublagem (tradução/substituição das vozes dos programas em línguas estrangeiras) obrigatório em toda programação que o idioma não seja português.
- Janela de Libras (espaço delimitado, onde as informações do que é falado, deve ser interpretado para a língua brasileira de sinais) obrigatória no horário político, em campanhas institucionais do governo e de utilidade pública.
- Audiodescrição (narração verbal do conteúdo visual, como imagens, cenas e expressões. É utilizado por pessoas com deficiência visual; intelectual, como dislexia, autismo, déficit de atenção e até idosos). As emissoras terão de transmitir 20 horas de programação com o recurso.
Já no cinema, a acessibilidade vai além das telas, além da audiodescrição, closed caption e janela de libras, os cinemas devem possuir assentos adaptados para pessoas com deficiência, rampas e banheiros adaptados.
Mesmo assim, o mais indicado quando precisa desses recursos no cinema, é pesquisar quais cinemas possuem os serviços, a acessibilidade no cinema ainda está dando seus primeiros passos e infelizmente não são todos que têm.