A televisão brasileira se aproximava dos 60 anos, quando decolou a digitalização das suas transmissões. O enorme salto de qualidade de som e imagem também trouxe o desafio de atualizar os equipamentos para o novíssimo padrão ISDB-Tb. Em 2010, as principais capitais já haviam iniciado a migração, mas manter a conformidade com as normas ainda era um obstáculo. Foi neste contexto que a SHOWCASE surgiu com grande provedora de soluções para televisão digital e acessibilidade audiovisual.
“As emissoras precisavam atender as especificações com urgência”, explica Marco Antonio Melo, CEO da SHOWCASE. “Então desenvolvemos o IFN50, um Implementador de Funções Inteligente capaz de organizar as tabelas que descrevem a codificação de Vídeo e Áudio, Acessibilidade, Interatividade, Alerta de Emergência (EWBS), Horário e Guia de Programação, entre outros. Este recurso é conhecido como sinalização e garante que os espectadores usufruam todas as vantagens da TV digital”.
O CEO da SHOWCASE já havia trabalhado no desenvolvimento de receptores digitais para uso doméstico e este conhecimento foi essencial para criar o IFN50. A adesão do mercado foi imediata. Rapidamente a solução passou a ser distribuída com os sistemas de transmissão dos principais fornecedores nacionais e equipava dezenas de emissoras, cabeças de rede e afiliadas.
O IFN100, sucessor do IFN50, incorporou novos serviços, como o gerenciamento de multiprogramação, medição de audiência, publicidade, áudio imersivo e acessibilidade, alcançando clientes como as principais cabeças de rede do Brasil.
O salto de qualidade na acessibilidade
Passados os primeiros tempos da TV Digital, a nova demanda das emissoras era simplificar o serviço de Closed Caption, também chamado de legenda oculta e essencial para pessoas surdas. “A implantação da televisão digital determinava a adoção escalonada do Closed Caption ao longo dos anos seguintes, até alcançar as 24 horas de programação diária. Entretanto, o custo deste serviço era inviável para a maioria das emissoras”, relembra Marco Antonio. “Resolvemos a questão com o XON75, que em paralelo com o ENC25 e o IFN100 gera Closed Caption através de relocução.
Ele também foi um sucesso enorme, ao dar uma aplicação inédita ao reconhecimento de voz, simplificou a geração de legendas ocultas, reduziu brutalmente os custos e entregou a qualidade esperada pelos clientes”.
Sistema Gerador de Legendas Ocultas JOSEPHINA
O desenvolvimento de novas aplicações não parou. A novidade seguinte foi o Sistema Gerador de Legendas Ocultas JOSIE, destinado a instalações que precisavam de soluções ainda mais compactas, sem a presença de um operador no local. Várias afiliadas e pequenas cabeças de rede foram as primeiras a adotar o serviço. “A Inteligência Artificial presente no XON75 ganhou ainda mais relevância com a chegada da JOSIE e está presente em todos os nossos lançamentos”, conta Marco Antonio. O sistema para criar Closed Caption converte a voz em texto, usando redes neurais capazes de identificar vozes, onomatopeias e outros sons, bem como de aprender novas palavras para alimentar um banco de dados dinâmico.
Expandindo a acessibilidade
Após resolver a questão do Closed Caption, a SHOWCASE também foi pioneira na produção da audiodescrição em larga escala. Este serviço descreve elementos como personagens, cenários, ações e expressões para pessoas com deficiência visual e inserido na programação por meio de um canal secundário de áudio.
“Na última década, a legislação também passou a exigir Audiodescrição e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) em segmentos da programação da TV. Novamente fomos procurados para apresentar uma solução eficaz, considerando prazo e orçamentos restritos”, relembra o CEO da SHOWCASE. “As nossas unidades em Campinas e São Paulo passaram a dar suporte remoto às transmissões ao vivo. Seguindo o conceito de Software as a Service (SaaS), nós passamos a receber os sinais de áudio e vídeo das emissoras por IP, para então gerarmos Closed Caption, Audiodescrição e a janela com o intérprete LIBRAS. Esta acessibilidade retorna por IP é integrada a transmissão com uma latência próxima de zero”.
Quando há tempo, os programas previamente gravados são enviados para a SHOWCASE e passam por uma pós-produção para receberem todos os recursos de acessibilidade.
Para o caso de precisarem apresentar provas de conformidade aos órgãos de fiscalização, as emissoras ainda podem contar com os equipamentos da linha SHOWCASE XDA13 e XDAPRO, capazes de registrar durante semanas a transmissões de um a quatro canais de TV, incluindo os dados técnicos e de acessibilidade.
Acessibilidade além da TV
Depois da televisão, os serviços de acessibilidade da SHOWCASE também chegaram às universidades, teatros, museus, lives, assembleias, tribunais, corporações e toda a indústria audiovisual. “O nosso time atende projetos tão variados quanto espetáculos musicais ou julgamentos, com Closed Caption, Audiodescrição, LIBRAS”, explica Marco Antonio Melo. “Também é frequente combinarmos estes serviços com traduções ao vivo”. Outro exemplo do alcance destes serviços é desenvolvimento de um aplicativo para smartphone com recursos de acessibilidade em salas de cinema ou mesmo em casa.
Full Service
A posição consolidada na digitalização dos head-ends credenciou a SHOWCASE a ser uma das maiores provedoras de soluções para multiprogramação de TV — tecnologia que permite transmitir mais de um programa na mesma faixa de frequência. Desde 2020, diversos projetos integraram o Implementador de Funções Inteligente IFN100, o comutador digital de programação SPLICER e o serviço de playout baseado em nuvem SHOWPLAY para distribuir até quatro programas simultâneos de emissoras de todas as regiões do Brasil.
Marco Antonio Melo ainda ressalta duas recentes adições ao portifólio da SHOWCASE: o MERCHAND, para exibição de anúncios segmentados em transmissões broadcast (TV aberta) sintonizadas por Smart TVs, e o AUDIENCE, solução disruptiva para medir a audiência da televisão aberta em tempo real. “Ambos antecipam recursos da TV 3.0, combinando o melhor do broadcast e broadband para criar, distribuir e monetizar conteúdos, medir a audiência, monitorar infraestruturas e prover acessibilidade audiovisual em todas as plataformas”.
Em 2024, o avanço da SHOWCASE na prestação de serviços profissionais especializados e no desenvolvimento de soluções baseadas em nuvem seguirá intenso, com evoluções nos produtos para Gerenciamento de Ativos de Mídia (MAM), Playout, Monitoração e Conversão de Sinais, Time Delay, Loudness, Áudio Espacial em MPEG-H e Sistemas de Jornalismo.
“Temos muito para celebrar! As tecnologias desenvolvidas pela SHOWCASE conquistaram um protagonismo invejável entre as maiores redes de TV, órgãos públicos e corporações, nos enchendo de orgulho”, afirma Marco Antonio Melo. “Os nossos profissionais também têm contribuído para um ambiente mais inclusivo, com acessibilidade integral em qualquer transmissão ou evento.”